segunda-feira, 25 de junho de 2012

Música Clássica em Sala de Aula


Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos momentos de aprendizagem envolvendo a música erudita como elemento presente na sua cultura cotidiana através de experiências sensoriais e práticas.

Objetivos Específicos:
·         Identificar  músicas eruditas.
·         Experimentar as possibilidades de ritmo da música clássica através de experiências práticas.

Essa sequência de atividades proporcionará à turma a oportunidade de identificar a musica erudita, bem como conhecer alguns compositores clássicos.

1ª atividade
            Com auxílio do projetor multimídia passar aos alunos o filme O Segredo de Bethoven, filme de 2006 dirigido por Agnieszka Hollan.

Sinopse[1]:
Anna Holtz (Diane Kruger) é uma jovem de 23 anos que sonha em se tornar uma compositora. Como estudante do Conservatório de Música, ela é indicada para um cobiçado cargo em uma editora musical. Devido a uma série de eventos ocasionais ela é designada para trabalhar juntamente a Ludwig van Beethoven (Ed Harris), o mais celebrado artista vivo da época. Inicialmente descrente, Beethoven faz a Anna um desafio de improvisação, no qual ela demonstra sua sensibilidade musical. Beethoven a aceita como escriba, dando início a um forte relacionamento entre os dois.

Posterior à exposição do filme, questionar os alunos sobre questões como:

ü  Preconceito
ü  Trabalho para as mulheres
ü  Por que o preconceito com Ana Holtz e quais os percalços que ela passou trabalhando junto com o maestro Bethoven.

Solicitar aos alunos que entreguem um breve comentário com as impressões que tiveram do filme.

2ª atividade

Passar Para os Alunos:
Para a identificação da música erudita, é necessário que saibam o que é uma obra. Uma obra é um conjunto de movimentos, ou seja, um conjunto de músicas. Diferente da música popular, onde cada música é composta sem ligação com nenhuma outra, na música erudita o compositor cria um conjunto de movimentos que posteriormente farão parte de uma obra. Por exemplo, uma sinfonia é, normalmente, composta por 4 músicas. Já um concerto, geralmente divide-se em 3 partes.
Cada movimento geralmente tem o nome conforme a sua velocidade. Abaixo estão relacionados os tipos de movimento, desde o mais rápido até a música mais lenta:

1.    Prestíssimo
2.    Presto
3.    Allegro
4.    Allegretto
5.    Andante
6.    Andantino
7.    Adagio
8.    Larghetto
9.    Largo

Música Erudita no Brasil   
A Música Erudita, ou Clássica, ou de Concerto, no Brasil dos primeiros séculos de colonização portuguesa, vinculava-se estritamente à Igreja e à catequese. Com o passar do tempo, irmandades de música, salas de concerto e manuscritos brasileiros vão traçando o perfil de uma atividade crescente no país, onde pontificaram nomes como Antônio José da Silva, cognominado "O Judeu", José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Caetano de Mello Jesus, entre outros.
Com a chegada de D. João VI no Brasil, tivemos também um grande impulso às atividades musicais e José Maurício Nunes Garcia destacou-se como o primeiro grande compositor brasileiro. Mas mesmo com todas as obras feitas por estes compositores, ainda no século 19, falar em música erudita brasileira era motivo de riso, num período totalmente dominado pelos mestres italianos (com esporádicas contribuições de alemães e franceses).
Foi somente com Villa-Lobos que a música nacionalista no Brasil introduziu-se e consolidou-se pra valer. Nessa época, ignorava-se compositores como Alberto Nepomuceno e Brasílio Itiberê da Cunha, exatamente por causa da excessiva brasilidade de suas composições, e admitia-se Carlos Gomes graças ao sucesso europeu. É a partir de Villa-Lobos que o Brasil descobre a música erudita e o país passa, desde então, a produzir talentos em série: Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro e Edino Krieger são alguns desses expoentes.

Atividade Prática:

Com base em dois exemplos de música:

A 9ª Sinfonia de Bethoven[2]  solicitar que os alunos levantem de acordo com o ritmo. O professor deve “reger” os alunos de acordo com a intensidade da melodia. Nesta atividade, elementos como a lateralidade, coordenação motora ampla, atenção e reflexos serão avaliados. Ainda nesta dinâmica de atividade, os alunos deverão novamente ser regidos pelo professor ao som do “Aquecimento Funk com Música Clássica[3]”. O papel de regente poderá ser alternado com os alunos também.
O Objetivo desta atividade é fazer com o que os alunos percebam as mudanças de ritmo e a forma como estas acontecem, o tempo e a intensidade das notas associadas aos movimentos do maestro. O interessante da proposta é que com o ritmo do funk associado a musica clássica a receptividade dos alunos tende a crescer e abre um leque de possibilidades, como por exemplo a criação de uma “batida” para outras composições clássicas.


Outra possibilidade:
Com a música tocando, organize os alunos em circulo, peça que rasguem folhas de revistas velhas e façam bolinhas de papel acompanhando o andamento da música. Num segundo momento inicie uma “guerra” com as bolinhas, lembrando-os que devem manter o andamento da música ao atirá-las. Num momento posterior, coloque um saco plástico no centro da roda e peça que, ainda seguindo o andamento da música , recolham todas as bolinhas de papel, colocando-as no saco. 

(Lembre-se de encaminhar os papéis para a reciclagem posteriormente!)  

Após a atividade, pergunte aos alunos se sabem o que caracteriza uma música erudita. Muitas vezes, de acordo com a vivência da turma, as respostas relacionam-se aos instrumentos, à orquestra, a época de criação.

3ª atividade:

Com auxilio do projetor multimídia, passar para os alunos dois exemplos de desenho animado que utilizam como enredo a música clássica. O primeiro exemplo é o Pica Pau: O Barbeiro de Sevilha [4] e o Mickey Mastro[5].
Após a exposição do vídeo questionar quantos dos alunos já assistiu algum desses desenhos. Com base nas respostas, questionar quantos perceberam que a trilha destes desenhos é na verdade música clássica, mais especificamente dois clássicos da ópera italiana.
Com base apenas no áudio dos vídeos, solicitar aos alunos que dramatizem uma cena. Esta atividade pode ser feita em grupo ou duplas. O professor pode participar junto com os alunos.
Ainda utilizando a música como fonte de informação, tocar para os alunos a música “Jubilantes te Exaltamos” interpretada pela Família Lima, esta música é uma adaptação da 9º Sinfonia de Bethoven. Questionar se os alunos reconhecem o som, o ritmo. Posterior as respostas tocar novamente a 9º Sinfonia original.

4ª atividade:
Retome com os alunos que a música erudita é marcada por movimentos, apresentando-lhes os nomes, do mais rápido ao mais lento: (Prestíssimo, Presto , Allegro , Allegretto , Andante, Andantino , Adagio , Larghetto , Largo )

Divida a turma em grupos. Peça que cada grupo vá ao laboratório de informática para buscar, em  fontes da internet, ao menos, dois exemplos de movimentos, localizando os arquivos em áudio ou vídeo. Oriente para que usem os nomes dos movimentos como palavras-chave.

Ofereça algumas fontes para pesquisa:

http://musicabrconcerto.blogspot.com/ 

http://pqpbach.opensadorselvagem.org/ 

http://libroslibresmusicalibre.blogspot.com/ 

Promova uma socialização das descobertas, seguindo a ordem da lista, do movimento mais lento ao mais rápido: Largo, Larghetto, Adagio, Andantino, Andante, Allegretto, Allegro, Presto, Prestíssimo .

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Revolução Francesa em RPG Eletrônico

Sabemos que a disciplina de História é estigmatizada como sendo o momento do decoreba e do copiar incessante do quadro. Pensando em quebrar esta imagem o pessoal dos grupos de pesquisa da UNEB - Universidade Estadual da Bahia - lançou esta nova abordagem sobre um momento tão importante da história mundial e com reflexos diretos no desenvolvimento da nossa sociedade.



O jogo possui uma interface e jogabilidade muito semelhante a consoles já conhecidos dos nossos alunos como Resident Evil e God of War onde o objetivo é guiar e desenvolver o personagem através de diversas fases. 

"O Tríade mediando o processo ensino aprendizagem da História, visa possibilitar a imersão dos alunos no universo do século XVIII, especialmente na Revolução Francesa, despertando nos alunos do ensino fundamental e médio o desejo de aprender de forma lúdica e prazerosa. Este conteúdo rico e importante para entender o contexto da sociedade contemporânea será apresentado através de um jogo de simulação. Este tipo de game possibilita aos jogadores experimentar situações que não podem muitas vezes ser concretizadas no cotidiano. Assim, através da mediação desses jogos é possível criar novas formas de vida, gerir sistemas econômicos, constituir famílias, enfim, simular o real, antecipar e planejar ações, desenvolver estratégias, projetar os conteúdos afetivos, culturais e sociais do jogador que aprende na interação com os jogos eletrônicos. "


Abordagens com temas históricos associados a jogos eletrônicos são mais raras devido a barreira tecnológica dos computadores presentes na maioria dos laboratórios escolares que utilizam como sistema operacional o Linux 2.0 ou 3.0, ao passo que a maioria das plataformas no mercado são da Microsoft. No entanto o pessoal da UNEB pensou nesse nosso probleminha lançando duas versões do jogo, uma para os computadores com sistema Windows e outra para o Linux.

Os conteúdos podem ser trabalhados de forma tradicional, usando e abusando dos textos e imagens do período e o jogo entraria como sendo um "plus" para os alunos que poderia visualizar e "vivenciar" o conteúdo trabalhado, experimentando os ideais iluministas e o preço a ser pago por esta escolha.

Boa aula e bom jogo!

Link para download do jogo: